domingo, 12 de dezembro de 2010

Dona do fim.

Seria muito melhor se os finais de relacionamentos fossem como finais de cadernos. Simples. Não poder continuar a escrever por não ter mais folhas e nem linhas. Fim da sua chance de escrever uma história bem contada ou não. Não dá pra lutar contra isso, o fim é inevitável. Eu sou assim, não me aquieto enquanto não vejo o fim do caderno, não fico em paz enquanto não vejo a última linha, que já foi previamente preenchida, exercer a única função a qual foi destinada: o ponto final. E encaramos isso muitas vezes como uma vitória. Seria mesmo? Talvez seja apenas mais um pretexto bobo  para ir numa papelaria qualquer, comprar um caderno maior ainda e recomeçar desesperadamente a escrever outra história, a escrever a minha história, que será chamada de 'Recomeço.'  Onde a única autora serei eu mesma, dona das consequencias de tudo o que acontecer, dona do fim, do ponto final, cujo decreto cabe somente à minha caneta.

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